18 maio 2014

Movimento Nacional de Luta Antimanicomial

O Movimento da Luta Antimanicomial nasceu no Encontro Nacional de Trabalhadores da Saúde Mental, em 1987, em Baurú, com o lema “por uma sociedade sem manicômios”. Denunciava-se abusos e violação de direitos humanos sofridos pelos usuários da saúde mental dentro dos manicômios. Lutava-se pelo fim desse tipo de tratamento e pela instalação de serviços alternativos.

Uma das conquistas desse movimento foi a Lei 10.216/2001, que determina o fechamento progressivo dos hospitais psiquiátricos e a instalação de serviços substitutivos. Desde então, o Brasil tem fechado leitos psiquiátricos e aberto serviços substitutivos: os CAPS (Centros de Atenção Psicossocial), as Residências Terapêuticas, Programas de Redução de Danos, Centros de Convivências, as Oficinas de Geração de Renda, etc.

O Movimento Nacional de Luta Antimanicomial caracteriza-se pelo seu caráter democrático, contando com a participação ativa e efetiva dos usuários de serviços de saúde mental, seus familiares, profissionais, estudantes e quaisquer interessados em defender uma postura de respeito aos diferentes modos de ser e a transformação da relação cultural da sociedade com as pessoas que sofrem por transtornos mentais.

O Movimento tem núcleos em todos os estados do país, sendo todos autônomos, propositadamente sem uma hierarquia. Atualmente, o Movimento tem uma Secretaria Nacional Colegiada que se encarrega da articulação nacional e de projetos diversos. E de dois em dois anos realiza encontros nacionais que procuram reunir todos os militantes para deliberar, de forma democrática, seus princípios e ações.

Clique aqui para acessar a matéria no blog do Movimento Nacional de Luta Antimanicomial

17 maio 2014

O que se comemora amanhã: Dia Nacional da Luta Antimanicomial


SEQÜELAS...E...SEQÜELAS

Seqüelas não acabam com o tempo. Amenizam.
Quando passam em minha mente as horas de espera, sinceramente, tenho dó de mim.
Nó na garganta, choro estagnado, revolta acompanhada de longo suspiro.
Ainda hoje, anos depois, a espera é por demais agoniante.
Horas, minutos, segundos são eternidades martirizantes. 
Não começam hoje, adormeceram, a muito custo...comigo.
Esta espera, oh Deus! É como nunca pagar o pecado original. 
É ser condenado a morte varias vezes.
Quem disse que só se morre uma vez?
Sentidos se misturam, batidas cardíacas invadem a audição.
Aspirada à respiração não é...é intronchada. Os nervos já não tremem...dão
solavancos. A espera está acabando. Ouço barulho de rodinhas.
A todo custo, quero entrar na parede. Esconder-me, fazer parte do cimento do quarto.
Olhos na abertura da porta rodam a fechadura. Já não sei quem e o que sou. Acuado,
tento fuga alucinante. Agarrado, imobilizado...escuto parte do
meu gemido.
Quem disse que só se morre uma vez?

Austregésilo Carrano

Poema das 4 horas de espera para ser eletrocutado...(aplicação da eletroconvulsoterapia)
Do livro O Canto dos Malditos de Austregésilo Carrano.

03 maio 2014

Dom Tomás, o eterno militante da causa indígena


Dom Tomás, o eterno militante da causa indígena


Dom Tomáz participando da XIX Assembleia-Geral do CIMI em 2011.
Luziânia (GO), Centro de Formação Vicente Cañas
Às 23hs30min de ontem, dia 2 de maio, disse-nos adeus o incansável guerrilheiro das grandes causas da humanidade. Profeta e conselheiro, estrategista e sonhador, Dom Tomás foi um homem de muitas causas. Assim como a mensagem do Evangelho, nunca se deixou limitar pelas fronteiras, ultrapassou todas elas para defender a vida. Nessa sua missão transfronteiriça assumiu as lutas dos povos indígenas como uma das suas prioridades. Por essa razão, percorreu todo o Brasil para apoiar as justas reivindicações dos povos originários em defesa de seus territórios tradicionais e de suas formas próprias de vida. Depois de ter participado da fundação do Cimi e ter exercido a função de vice-presidente e presidente, tornou-se padrinho honorário da entidade. Sua partida nos deixa grande saudade provocada pelo sentimento de perda, mas nossa certeza na ressureição nos consola e nos torna conscientes de que seu compromisso com causa dos indígenas, assim como com a causa de todos os povos agora será eterno.

Brasília, DF, 3 de maio de 2014.
Cimi - Conselho Indigenista Missionário

Informações sobre a celebração de despedida:
O Corpo será velado na Igreja São Judas Tadeu, no Setor Coimbra, em Goiânia, até às 10 horas do domingo, dia 4, momento em que será concelebrada a Eucaristia, e logo em seguida será transladado para a cidade de Goiás, onde será velado na Catedral até às 9 horas da 2ª feira, dia 5, e logo em seguida será sepultado na própria Catedral.

Telefones para Contato com Frei José Fernandes ou Vilma: 62 9611 12 13, 62 9636 9418, 62 8103 0324.