Acusações de Costa Rica contra Nicarágua têm objetivos ocultos
Escrito por Bianka de Jesus
Manágua, 5 Nov (Prensa Latina) Costa Rica persegue outros objetivos ao acusar a Nicarágua por supostas violações fronteiriças, que vão para além de suas pretensões expansionistas e de suas ambições históricas de apropriar do rio San Juan.
Essa é a opinião de Denis Moncada, representante da Nicarágua ante a Organização de Estados Americanos (OEA), de acordo com as declarações que formulou ontem a um canal da televisão desta capital.
Segundo disse o diplomata, Costa Rica está confabulada com Colômbia e Honduras para, com este diferendo bilateral, tratar de tirar vantagens no exame que realiza atualmente a Corte Internacional de Justiça (CIJ) de Haia em torno da disputa entre os três países sobre a demarcação territorial no mar do Caribe.
"Eles (Costa Rica) estão buscando, com suas atividades na OEA, com suas petições na OEA, criar alguns insumos documentais para somar a seu expediente na CIJ", disse ao noticiário Multinoticias do canal 4 durante uma entrevista telefônica.
Moncada assistiu em representação do governo nicaraguense às sessões do Conselho Permanente da OEA celebradas na quarta-feira e na quinta-feira desta semana na sede dessa organização hemisférica em Washington, convocadas a petição de Costa Rica.
Como resultado do único acordo conseguido nesse foro, o secretário geral da OEA, José Miguel Insulza, visitará a partir de hoje as capitais dos dois países para tratar de propiciar o dialogo e a conversa entre ambas nações.
Esse é o objetivo exclusivo do percurso de Insulza, e não para dirimir assuntos limítrofes, algo que é concorrência da CIJ e não da OEA, precisou o diplomata nicaraguense.
Em outra parte de suas declarações, Moncada manifestou-se preocupado pelo fato de que Costa Rica tente reviver o Tratado Interamericano de Assistência Recíproca (TIAR), que é um mecanismo de caráter militar.
Costa Rica está buscando um abrigo de suposta defesa coletiva que dá o TIAR ante hipotéticas invasões, opinou Moncada e recordou que esse tratado foi o fundamento da invasão estadunidense a República Dominicana, ainda que depois Washington o desacreditou ao respaldar a Grã-Bretanha contra a Argentina quando da guerra das ilhas Malvinas.
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