Greve é uma
das maiores já realizada pelos docentes das instituições federais
Na próxima
segunda-feira (28), quando será realizada no ministério do Planejamento a
reunião do Grupo de Trabalho sobre Carreira, já serão 47 instituições federais em greve. Além das 44 que
já estão em greve, paralisarão suas atividades, segundo o Comando Nacional de
Greve (CNG), as universidades federais de Santa Maria (RS) e Grande Dourados
(MT), além do campus de Jataí, em Goiás.
“Essa é uma
greve que está com uma força impressionante. Das 62 seções sindicais do
ANDES-SN que representam instituições federais, apenas 11 não estarão em greve
na próxima semana”, avalia a professora Elaine Carvalho, do Comando Nacional de
Greve.
Para Elaine,
é certo que a adesão vem crescendo. “Setores tradicionalmente refratários a
paralisações, como os da área médica e tecnológica, estão parando. Na faculdade
onde ensino (odontologia da Universidade Federal de Pernambuco) os estudantes
realizaram uma assembleia segunda-feira passada (21) e decidiram parar”, conta.
Elaine avalia
que a decisão foi tomada porque o curso está muito precarizado, sofrendo da
falta de material. Outro fator que levou os estudantes a tomar a decisão foi
porque nem todos os professores estavam parados, o que estava atrapalhando a
vida acadêmica dos alunos.
Professora da
rede federal há 18 anos, Elaine participou das greves de 1998, 2001 , 2003 e
que nunca participou de uma mobilização com as características da atual. A
primeira diferença está na força inicial da greve. “Nenhuma das greves que
participei começou com uma adesão tão grande de tantas seções sindicais”,
conta.
Outro fator
apontado por Elaine é o fato de as assembleias locais que decidiram pela greve
terem poucos votos contrários. Numa média de 200 professores, 180 votaram a
favor, quatro contra e o restante eram de abstenções. “Também tenho percebido
uma participação massiva dos novos professores, em sua maioria jovens, e o
apoio da sociedade à nossa causa. Até agora as manifestações têm sido positivas
e não temos recebido críticas formais de setores que geralmente são contrários
a greve”, argumenta.
O quadro
atualizado da greve pode ser acessado aqui.
Clique aqui para ler esta notícia no site do ANDES-SN
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