Mais de 400
professores compareceram ao Anfiteatro 17. Foi a maior assembleia dos últimos
quatro anos. Grevistas fortaleceram paralisação e decidiram fazer seminário
sobre o movimento
Diogo Lopes
de Oliveira - Da Secretaria de Comunicação da UnB
A greve dos
professores da Universidade de Brasília continua. Na maior assembleia dos
últimos quatro anos, com 401 docentes assinando a lista de presença, os
grevistas definiram um calendário de mobilizações que inclui realização de
seminário, manifestação no Ministério do Planejamento e uma nova reunião no dia
30.
O seminário será na próxima quinta-feira, 24, às 10h, no mesmo anfiteatro 17. Seu objetivo será apresentar para a comunidade as razões da paralisação e contará com a presença de integrantes dos comandos local e nacional de greve. Conforme anunciado na assembleia, 42 das 62 universidades federais já aderiram à paralisação, duas das adesões ocorreram nas últimas 48 horas, a Universidade Federal do Rio de Janeiro e a Universidade Federal Fluminense. "Propomos um debate com todas as partes para informar a nossa base. Isso é fundamental para fortalecer o nosso movimento", completou Rafael Morgado, presidente eleito da Adunb.
Sobre a
manifestação em frente ao Planejamento, às 11h, no próximo dia 28, os docentes
pretendem sensibilizar as autoridades no mesmo horário em que ocorre mais uma
rodada de negociações entre representantes do MPOG, do Ministério da Educação
(MEC) e dos três sindicatos que buscam um acordo para o plano de carreira dos
professores de ensino superior: Sindicato Nacional dos Docentes das
Instituições de Ensino Superior (Andes), Fórum dos Professores de Instituições
Federais do Ensino Superior (Proifes) e Sindicato Nacional dos Servidores
Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (Sinasefe).
O Andes
propõe uma carreira com 13 níveis, com aumento de 5% entre cada deles.
"Nosso movimento, além de justo, representa a vontade de 42 das 59
instituições federais de ensino superior do país", disse Josevaldo Cunha,
do ANDES e do Comando Nacional de Greve. "O movimento cresceu muito. Nos
últimos cinco dias tivemos a adesão de nove instituições. A mobilização ainda
tem muito a crescer", avaliou Cunha, docente da Universidade Federal de
Campina Grande que compareceu à assembleia da UnB para informar os colegas
sobre o movimento nacional e as negociações com o governo.O professor Perci
Coelho, vice-diretor do Instituto de Ciências Humanas, concorda. Ele considera
o encontro de hoje histórico e não lembra de uma assembleia tão cheia desde o
governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. "Eu acredito que a
adesão vai aumentar ainda mais. Na semana que vem devemos bater o recorde de
presença dos professores numa assembleia", comemorou.
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