Data: 07/06/2012
Já passa de
50 o número de Instituições Federais de Ensino em greve
A greve nas
instituições federais de ensino cresce a cada dia, com mais professores e
estudantes aderindo à mobilização. As últimas instituições a paralisarem suas
atividades foram a Universidade Federal do ABC, a Universidade de Integração
Latino Americana e o Centro Federal de Educação Tecnológica do Rio de Janeiro.
No total, já são 51 instituições federais em greve (veja aqui o quadro mais atualizado).
Diariamente,
chegam ao Comando Nacional de Greve moções de apoio à mobilização. A Associação
dos Geógrafos Brasileiros encaminhou uma nota em que manifesta seu apoio à
greve, “realizada por melhores condições de trabalho, o que implica na crítica
ao sobretrabalho, que precariza o próprio desempenho profissional e o alcance
dos resultados que a Universidade deve construir para a sociedade e junto com a
sociedade.”
Nesta semana,
o Conselho Universitário da Universidade Federal Rural de Pernambuco aprovou
uma nota reconhecendo a greve dos docentes e manifestando-se “pela necessidade
de diálogo e negociação efetiva entre o Governo Federal e as representações
sindicais, visando à valorização dos servidores das Ifes”. Destaca ainda, o
papel fundamental das Universidades Federais na promoção de um ensino superior
público, gratuito e de qualidade, da pesquisa e da extensão, e que para “a
consecução plena de nosso papel, é de extrema importância a valorização de seus
servidores, docentes e técnico-administrativos, bem como de seus estudantes.”
Reunidos nesta
terça-feira (5) em assembléia convocada pela Comissão de Mobilização,
professores e estudantes da Universidade Federal de Santa Catarina manifestaram
apoio e solidariedade à greve nacional dos professores da Ifes.
“Reivindicamo-nos parte desta luta e estamos buscando a ampliação da
mobilização e união da comunidade acadêmica na UFSC para engrossar este vigoroso
movimento”, afirma a nota.
O Movimento
Classista dos Trabalhadores em Educação (Moclate) também manifestou apoio à
greve dos docentes das federais. Para o Moclate, “o sucateamento e a
precarização das instituições públicas de ensino, desde a educação básica, é
parte da essência do que são as políticas deste velho Estado e o seu sistema de
poder, das classes parasitárias e o seu sistema de governo sob o gerenciamento
do oportunismo.
O texto
critica, ainda, as “reformas educacionais” ditadas pelo Banco Mundial, tais
como “PCNs” e “Diretrizes Curriculares“ (gerência FHC), “Prouni” e “Reuni”
(gerência Luiz Inácio), só servem para impor uma educação domesticadora,
servindo aos interesses do capital monopolista, da dominação imperialista do
nosso país.”
Para o
Moclate, o Reuni exigiu uma expansão irresponsável sem aplicação de
investimentos para salas de aula, laboratórios, acervo bibliográfico, pesquisa
e extensão e, ao mesmo tempo, “intensificou seu nefasto plano de precarização
do trabalho docente com a contratação de professores temporários em número
insuficiente para atender os novos cursos.”
Fonte: ANDES-SN
Clique aqui para ler esta notícia no site do ANDES-SN
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