26 junho 2012

Informe sobre a greve das Universidades Federais

A Greve Geral nas Universidades Federais: o movimento é forte e nós resistiremos!

Desde o dia 17 de maio as Instituições Federais de Ensino Superior (IFES) estão com suas atividades paralisadas. Em Jataí, na Universidade Federal de Goiás nossa adesão ao movimento paredista se deu a partir do dia 24 daquele mês.

A greve hoje, ao ultrapassar um mês de sua deflagração, atinge cerca de 55 (cinqüenta e cinco) IFES e desde o último dia 15, com a deflagração da greve pelo Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (Sinasefe) já chega a 151 (cento e cinqüenta e um) Campi de Institutos Federais de Educação Básica, Técnica e Tecnológica com suas atividades paralisadas.

A greve é forte, as reivindicações são legítimas. Constatamos isso a partir do contato com cada um das/os nossas/os colegas quando da tomada de consciência dos efeitos do sucateamento das IFES, seus reflexos na qualidade das atividades de pesquisa, ensino e extensão e a proposta colocada para a reestruturação da carreira do Magistério Superior.

Outra demonstração da força desse movimento pode ser constatada a partir da adesão de milhares de estudantes, que não apenas concordam com o movimento, mas também, em solidariedade aos seus professores/as, deflagraram greves estudantis Brasil afora.

Para completar o quadro de insatisfação com as precárias condições de trabalho, carreira desfigurada e salário defasado, o corpo técnico-administrativo, por meio de sua base de representação, a Federação dos Trabalhadores em Universidades Públicas Brasileiras (Fasubra) aderiu ao movimento paredista no dia 11 de junho.

Embora cada um desses segmentos tenha a sua singularidade (professores, técnico-administrativos e estudantes), está cada vez mais evidente que o processo de desmonte da Universidade Pública afeta a todas e todos, não apenas no âmbito da comunidade acadêmica, mas, sobretudo, quando analisamos as conseqüências desse sucateamento maquiado,de democratização do ensino superior desenvolvida dentro das IFES. A quem servem os resultados das atividades desenvolvidas? Estamos contribuindo para o desenvolvimento de uma sociedade mais justa, igualitária, e verdadeiramente democrática?

Já que estamos tratando de conceitos como justiça, igualdade e democracia convêm destacá-las a partir do seguinte questionamento: o que a greve tem nos mostrado?

No caso da Universidade Pública e os seus servidores (seja ele professor ou técnico-administrativo), independente do seu vinculo (efetivo, substituto, temporário) e do ponto de vista da conquista de direitos das classes trabalhadoras, aderir a um movimento de reivindicação por melhores condições de trabalho, por carreira e salários dignos é a consolidação de conquistas históricas de direitos fundamentais coletivos e individuais.

A postura de Instituições de não garantir visibilidade ao movimento paredista de trabalhadores que fazem parte de sua estrutura é uma maneira de insistir na criminalização das manifestações legítimas de organização, reivindicação e expressão histórica da classe trabalhadora e todo um avanço na conquista de nossos direitos.

Greve é direito. É manifestação de descontentamento com o descaso na educação, é dar vazão a possibilidade de discussões democráticas sobre concretizações de um ensino público de qualidade. Por tudo isso, qualquer tentativa de tornar invisível o movimento paredista soa descontextualizada e deve ser refutada pela base.

A greve é forte, legítima e continuaremos na luta!

Fonte: Comando Local de Greve – UFG/Campus Jataí

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