23 novembro 2011

Políticos e fazendeiros são denunciados por mortes de índios no Mato Grosso do Sul em 2009

Enfim, uma providência séria no caso do "POGROM" de 2009 contra a comunidade Guarani-Kaiowá do Tekohá Ipo'í, no Mato Grosso do Sul.
Rosane Lacerda

MS: políticos e fazendeiros são indiciados por mortes de índios


23 de novembro de 2011

Do Notícias Terra

Seis pessoas foram denunciadas pelo Ministério Público Federal (MPF) em Mato Grosso do Sul pelo envolvimento no ataque à comunidade indígena Ypo'i em Paranhos, no sul do Estado, e pela morte dos professores indígenas Jenivaldo Vera e Rolindo Vera. Entre os denunciados estão políticos e fazendeiros da região. Eles são acusados por homicídio qualificado - sem possibilidade de defesa da vítima -, ocultação dos cadáveres, disparo de arma de fogo e lesão corporal contra idoso.

Foram denunciados Fermino Aurélio Escolbar Filho, Rui Evaldo Nunes Escobar e Evaldo Luís Nunes Escobar, filhos do proprietário da Fazenda São Luís; Moacir João Macedo, vereador e presidente do Sindicato Rural de Paranhos; Antônio Pereira, comerciante da região, e Joanelse Tavares Pinheiro, ex-candidato a prefeito de Paranhos.

Para o procurador da República Thiago dos Santos Luz, "é intrigante constatar que pelo menos seis indígenas, as únicas testemunhas oculares dos fatos, em depoimentos detalhados, verossímeis e harmônicos, prestados logo após os crimes, tenham expressamente nominado e reconhecido três indivíduos que participaram direta e pessoalmente do violento ataque a Ypo'i e nenhuma delas tenha sido sequer indiciada pela autoridade policial, que concluiu o caso sugerindo o arquivamento. Pergunto-me: quantos testemunhos mais seriam necessários? Depoimentos de índios não valem nada?"

As mortes ocorreram durante expulsão de área reivindicada pelos indígenas como de ocupação tradicional indígena da etnia guarani-kaiowá (Tekoha Ypo'i), na Fazenda São Luiz, em Paranhos, em 31 de outubro de 2009. Alguns dos denunciados e outras pessoas ainda não identificadas chegaram ao local em caminhões e caminhonetes, efetuando disparos com pelo menos sete armas de fogo de vários calibres e agredindo o grupo de 50 indígenas. Mário Vera, à época com 89 anos, recebeu pauladas nas costas, ombros e pernas. Os dois professores foram mortos e os corpos, ocultados.

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